Conhecido como Tiradentes, Joaquim José da Silva Xavier foi um dentista, minerador, comerciante, tropeiro, militar e ativista político, atuando nas capitanias de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Foi morto no dia 21 de abril de 1792 no Rio de Janeiro, data que se tornou feriado nacional.
Tiradentes nasceu em Minas Gerais e era filho de pais portugueses. Perdeu os pais cedo e logo foi morar com seu tio, que era dentista. Trabalhou como minerador e comerciante, no qual abriu uma farmácia em sociedade. Trabalhou também com procedimentos farmacêuticos e dentários, no qual deu-se o apelido.
Mais tarde, devido aos conhecimentos que possuía no trabalho de mineração, Tiradentes de tornou técnico em reconhecimento de terrenos. Começou a trabalhar para o governo no reconhecimento e exploração do sertão nordestino. Alistou-se na tropa da Capitania de Minas Gerais, e se tornou comandante do destacamento dos Dragões na patrulha do “Caminho Novo”, estrada que servia como rota de escoamento da produção mineradora da capitania ao porto do Rio de Janeiro. A partir daí, Tiradentes começou a se aproximar de grupos que criticavam o domínio português sobre as capitanias por onde circulava. Em 1787 pediu licença da cavalaria por não ter conseguido promoção na carreira militar, tendo alcançado somente o posto de alferes, patente inicial no militarismo da época.
Tiradentes esteve à frente da Inconfidência Mineira junto a outros ativistas, tendo como objetivos: estabelecer um governo republicano independente do país de Portugal, criar indústrias no país que surgiria, criar uma universidade em Minas Gerais e fazer a cidade de São João del-Rei a capital. Os inconfidentes queriam tornar o estado de Minas Gerais independente, se tornando então um país.
Considerando o plano dos inconfidentes um perigo para o colonialismo, o governo português decide prender Tiradentes e seus companheiros. Tiradentes assumiu todo o plano sozinho, e foi julgado como traidor do estado, julgado a pena de morte.
Foi em uma manhã de sábado, em 21 de abril de 1792 que Tiradentes foi morto em praça pública no centro do Rio de Janeiro. Seu corpo foi esquartejado, sua cabeça foi erguida em Vila Rica e partes do seu corpo foram distribuídos em locais que ele fazia seus discursos revolucionários.
Antes de sua morte, Tiradentes percorreu em procissão as ruas da cidade do Rio. O governo geral fez com que a encenação fosse um exemplo para todos, com leitura de sua sentença e até fanfarra, demonstrando o poder da coroa. Porém toda a encenação gerou ira na população. Acredita-se que isso acabou preservando a memória de Tiradentes. O ativista marca a história do Brasil como mártir, se tornando patrono das Polícias Militares dos Estados e herói nacional.